Os pesquisadores observaram que houve uma redução significativa na mortalidade dos doentes que receberam a suplementação com os micronutrientes quando comparados com os doentes que receberam placebo. Houve também redução significativa no tempo de ventilação mecânica no grupo suplementado e apenas uma tendência para a redução de complicações infecciosas. Não houve efeito no tempo de internação hospitalar e na UTI.
Os autores encontraram que a suplementação de micronutrientes antioxidantes foi associada com redução significativa na mortalidade total entre os pacientes com maior risco de morte. Após analisar somente os estudos que continham selênio, os autores dessa metanálise observaram que houve menor mortalidade quando a suplementação foi de 500 mcg/dia, enquanto que estudos usando doses menores que 500 mcg não apresentaram efeitos sobre a mortalidade.
Os efeitos benéficos observados da suplementação de micronutrientes antioxidantes ocorreram quando foram administrados tanto por via oral, enteral e parenteral.
“Trabalhamos com a hipótese de que a suplementação exógena de vitaminas e minerais pode restaurar o estado antioxidante e contribuir para a melhora de resultados clínicos de pacientes críticos. Isso porque a doença crítica é caracterizada por estresse oxidativo, que é um grande promotor de inflamação sistêmica e falência de órgãos, devido à excessiva produção de radicais livres e depleção de defesas antioxidantes”, comentam os autores.
“Assim, demonstramos com essa metanálise que os micronutrientes antioxidantes podem ser capazes de diminuir significativamente a mortalidade e tempo de ventilação mecânica, além de uma tendência para a redução de complicações infecciosas em pacientes gravemente doentes. No entanto, mais pesquisas serão necessárias para determinar as doses e tempo de administração que aperfeiçoem o efeito terapêutico desses antioxidantes”, concluem.
Fonte: Nutritotal