Vantagens do aleitamento materno

3 08 2011

PARA A MÃE (NUTRIZ):

– Prevenção de hemorragia após o parto: O hormônio ocitocina que favorece a descida do leite pela contração das células mioepiteliais ao redor dos alvéolos mamários, também produz contração da musculatura uterina, contribuindo para a expulsão da placenta e para a redução do sangramento, prevenindo a hemorragia após o parto.

– Emagrecimento: Para a produção de leite, ocorre mobilização das reservas adiposas maternas, acumuladas durante a gestação, colaborando com o retorno do peso materno normal.

– É reconhecida como um método contraceptivo natural: O aleitamento materno exclusivo em livre demanda exerce um efeito inibidor sobre a ovulação, mediado por mecanismo de retroalimentação entre hipotálamo, hipófise e ovários. Com a sucção do bebê, ocorre liberação do hormônio prolactina pela glândula hipófise anterior (hormônio que estimula a produção de leite), que também ajuda a suprimir a liberação dos hormônios luteinizantes e folículo estimulante, necessários ao desenvolvimento e à expulsão do óvulo. Assim, com a amamentação, é possível prolongar a infertilidade depois do parto inibindo a ovulação e a menstruação.

– Prevenção de câncer: A proteção contra câncer de mama e de ovário também se relaciona com a prática do aleitamento materno.

– Vínculo mãe-filho: Sabe-se que o contato precoce entre ambos pode influenciar a conduta posterior das mães em relação a seus filhos, o que é expresso no desenvolvimento do apego, no menor índice de rejeição e abandono e, consequentemente, na maior duração do aleitamento materno. Pode-se dizer que as mães que amamentam são menos ansiosas e expressão maior satisfação em alimentar e interagir com seus bebês.

 

PARA O BEBÊ (LACTENTE):

– Crescimento e desenvolvimento adequado: Por garantir os nutrientes necessários.

– Crianças amamentadas com leite materno têm um escore no desenvolvimento cognitivo significativamente maior do que os amamentados com fórmulas lácteas.

– Maior estabilidade emocional, e de comportamento, bem como melhor acuidade visual e habilidade motora, provavelmente em razão da presença de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa (DHA – ácido docosaexaenóico e ácido araquidônico) importantes para o rápido desenvolvimento nervoso imaturo do bebê.

– Sistema imunológico: O aleitamento materno permite a comunicação imunológica entre mãe e filho por meio de hormônios, fatores de crescimento e citoquinas. Os nucleotídeos, glutamina e lactoferrina presentes no leite materno influenciam o desenvolvimento gastrintestinal e a defesa do organismo.

– Diminui a incidência e/ou gravidade de diarréia, infecção respiratória baixa, otite média, bacteremia, meningite bacteriana, botulismo, infecção no trato urinário e enterocolite necronizante.

– Possível efeito protetor contra a síndrome da morte súbita, diabetes insulino-dependente, doença de Chron, colite ulcerativa, linfoma, doenças alérgicas e outras doenças digestivas crônicas, câncer e doenças cardiovasculares.

– Amadurecimento da função oral, pela correta posição durante a demanda, favorecendo o desenvolvimento dos músculos e ossos da face, evitado também os distúrbios dos órgãos fonadores e a síndrome da respiração bucal.

– Contato do lactente com diversos sabores, por meio de compostos químicos de aroma e sabor presentes no leite materno, e que refletem diretamente os alimentos ingeridos pela mãe, que contribui para a melhor aceitação dos alimentos complementares, bem como familiariza o lactente com tipos e intensidade de sabores da cultura e da região a qual pertence.

PARA A FAMÍLIA:

– O aleitamento artificial acarreta custo adicional no orçamento da família, no qual deve ser considerado o valor do alimento substituto utilizado como também de todos os utensílios, equipamentos e tempo dispensado para preparo.

– Risco de diarréia, custos médicos, medicamentos, internação, falta dos pais ao trabalho por meio de doença da criança.

– O leite materno está sempre pronto para o consumo, com composição e temperatura adequada, proteção contra algumas doenças infantis e também doenças futuras do adulto.

– Aleitamento materno contribui para um melhor desenvolvimento emocional, social e psicomotor nas crianças.

 

FONTE:

Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia (Chemim, Mura)





Amamente e dê saúde a seu filho

2 08 2010

 

A Semana Mundial da Amamentação – SMAM, celebrada anualmente de 1º a 7 de agosto, foi idealizada pela WABA (World Alliance for Breastfeeding Action – Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno) e é comemorada desde 1992 em mais de 150 países com o propósito de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno.

 
A cada ano, a WABA define o tema central da campanha, que passa a ser discutido nos diversos países, unificando as comemorações em todo o mundo. O tema definido para 2010 é “Iniciativa Hospital Amigo da Criança” (IHAC). A IHAC foi criada há vinte anos, a partir da Declaração de Innocenti, na qual foram determinadas metas e objetivos para a promoção da amamentação exclusiva até os quatro ou seis meses, e continuada até o segundo ano de vida ou mais. Cerca de 28% das maternidades do mundo (em torno de 20.000) são credenciadas na IHAC. No Brasil, 335 maternidades já foram credenciadas na Iniciativa.
 
 
Saiba, então, a importância do seu leite para seu filho
 
A produção e liberação do leite são induzidas por diversos hormônios que atuam simultaneamente na mulher, mas há alguns fatores que podem dificultar esse momento, que são: stress, medo de amamentar, ansiedade, dor, cansaço, ingestão de bebidas alcoólicas, entre outros. E como é complicado controla-los, principalmente por serem, na maioria das vezes psicológicos, há outros fatores que podem ajudar a mulher nesse período, como sucção do bebê (e se ele não estiver conseguindo peça para seu companheiro fazer o trabalho até que o leite saia e lembre-se de higienizar quando for a vez do bebê, ok!) , estimulos visuais, olfativos, auditivos e de condicionamento.
 
Uma alimentação equilibrada é essencial, já que a criança dobra o peso até o quarto mês e a mãe precisa de muita energia para suprir as necessidades do bebê e a suas também. Lembre-se a saúde do bebê depende da saúde de mãe.

É importante aumentar o consumo de cálcio através de leite, queijo, iogurte, qualhada e similares, pois o bebê está crescendo muito rápido e precisa de cálcio para formar os dentes e ossos, se a mãe não ingere, vai faltar cálcio pro bebê e as reservas da mãe serão “doadas” através do leite, assim, mãe e filho ficam com deficiência.

As proteínas (carnes, leite e derivados) formam os tecidos e anticorpos, ou seja, não pode faltar de jeito nenhum.

A vitamina A é responsavel pela visão e sua deficiência pode causar segueira noturna.

As vitaminas do complexo B ajudam no metabolismo de carboidrato, gordura e proteína, ou seja, se ficar sem elas é o mesmo que ficar sem energia e sem todos os benefícios do carboidrato, da proteina e do lipídeo, além de fica sem os benefícios dessas vitaminas.

Não só esses nutrientes, mas todos são importantes, por isso procure um nutricionista, peça um complexo vitaminico e faça uma dieta SUPER saudável.

IMPORTANTE

– Seu leite não é fraco, ele tem tudo que SEU filho precisa.

– A quantidade de leite produzida é proporcional à demanda.

– Nos primeiros dias é normal que você produza pouco leite, lembre-se que o estômago do seu bebê é bem “pequeniniho” ainda.

– Ingira muito líquido.

– Este não é o melhor momento para fazer dieta, aliás seu excesso de peso é essencial, mas isso não é motivo para comer além do necessário e não estou apoiando a obesidade,ok!

– Até os 6 meses de vida só o leite materno já é suficiente. Após esse perído introduza gradualmente os alimentos sólidos, água e sucos e continue amamentando até os 2 anos ou mais.

– Refrigerantes, principalmente os que são a base de cola, roubam o cálcio dos ossos e dentes, então se quer um filho com saúde de ferro deixe que ele descubra essas bebidas mais tarde (bem mais tarde).

– Evite produtos com cafeína ela passa para seu bebê através do leite, aliás, tudo que você ingerir passa pelo leite.

– Formulas infantis (leite em pó) e leite de vaca só seram permitidos se o nutricionista ou pediatra prescreverem. [ PS: O leite da vaca é produzido para o bezerro que nasce com 30Kg e chega aos 200kg com 1 ano, esse não é o caso de seu filho. O leite de outros animais vai machucar o intestino do bebê e pode causar alergias e intolerâncias].

Não ofereça nem deixe ninguem oferecer outro leite para seu filho.

– Com o leite materno você previne alergias no bebê e cancer de mama em você.

– Outra vantagem é que ele é a opção mais barata (e saudável).

– Amamentando você aumenta o vínculo mãe-filho.

– Nos primeiros 7 dias o leite materno é chamado de colostro, ele é amarelado e mais viscoso. Além de ser rico em proteína (anticoprpos, imunoglobulinas, substâncias antiinflamatórias e antimicrobianas – 1ª defesa da criança), vitamina A e minerais

– Seu bebê precisa de gordura BOA para desenvovimento cerebral, ele irá consegui-la se você ingerir azeite, abacate, cocô entre outros.

– Inicie o aleitamento na primeira meia hora de vida da criança, e exija quarto conjunto no hospital.

Essas são algumas dicas sobre ALEITAMENTO MATERNO, durante a semana publicarei mais dicas bem interessantes.