Fui convidada para dar palestras para adolescentes do 9º ano em uma escola pública na periferia de Uberlândia, o tema é mudaça das medidas dos brasileiros nos ultimos anos, a autura chegou até a ser comparada com a da população de países ricos.
A matéria estava em um livro de matemática e falava sobre uma reportagem da revista Veja de 1996. Como eu não podia chegar na sala da aula e comentar sobre uma matéria de 1996 pesquisei no site do IBGE e pude mostrar para os alunos que as medidas realmente mudaram, mas a preocupação hoje é outra. E é sobre isso que quero escrever pra vocês.
A preocupação anterio era defict de peso e altura que atingia a maior parte da população principalmente pela baixa renda. Esse fato ainda é presente no Norte e Nordeste e deve receber atenção especial. Mas a maior preocupação hoje é outra. A renda da população aumentou, o trabalho e o estresse também e junto com isso a falta de tempo e de vontade de preparar uma alimentação adequada e saudável, o que fez com que a escolha por alimentos práticos, rápidos e “saborosos” seja feita.
Acontece que esses alimentos práticos, rápidos e “saborosos”, que chamamos de fast food, na maioria das vezes é rico em conservantes, estabilizamtes, flavorizantes e todos esses “antes” fazem muito mal a saúde. Aliado a alimentação inadequada está a falta de exercícios físicos que agrava ainda mais a situação.
Além disso tem a questão do status na escola. Afinal qual representa maior poder levar de lanche um pacote de salgadinhos e uma lata de refrigerante ou levar uma maçã???? A resposta dos alunos foi unânime. Ainda tem o preconceito em relação a homens comerem frutas, beberem suco que apesar de horrível, existe. Não é a toa que homens morrem mais cedo, são mais doentes, mais obesos…..
Tudo isso contribui para o aumento de infartos, diabetes, hipertensão e até câncer em jovens adultos.
Achei a iniciativa da professora em convidar uma nutricionista para conversar sobre esse tema com os alunos muito importante, pois percebi que eles tem várias dúvidas simples em relação a alimentação que se discutidas e explicadas corretamente farão a maior diferença na saúde desses adolescentes.
Os alunos fizeram várias perguntas e interagiram muito. Por isso quero resaltar a importância de conversas como a que eu tive com esses alunos e encorajar nutricionistas fazerem trabalhos como esses.
Fonte:
VEJA
Excesso de peso atinge 38,8 milhões de brasileiros adultos
Em 30 anos, menos crianças desnutridas e mais adolescentes acima do peso
POF 2008-2009: desnutrição cai e peso das crianças brasileiras ultrapassa padrão internacional
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